As vacinas já aprovadas são seguras e protegem contra formas graves da doença, afirma pesquisadora espanhola Ana Fernández-Sesma que trabalha há décadas com vírus. A Covid-19 pode deixar sequelas que danificam todos os órgãos, por isso não se vacinar é “realmente um risco desnecessário”, considera a virologista que alerta que, com o relaxamento das festas, feriados e aglomerações, ainda pode haver uma nova onda da doença.
As vacinas contra a SARS-Cov-2 estão “sendo examinadas com lupa” e apenas aquelas que “mostram que estão funcionando” são aprovadas. Além disso, “temos sorte” que os testes façam isso com um índice de 90% de eficácia, embora com a administração à população em geral, “que é muito heterogênea, talvez essa taxa diminua um pouco”, diz.
No entanto, com as campanhas de vacinação já em andamento em muitos países, há pessoas que estão relutantes ou totalmente contra os imunizantes. Desde o início da pandemia e diante da urgência, a comunidade científica passou a trabalhar em busca de vacinas, que vêm sendo obtidas em tempo recorde e agora – indica – algumas pessoas falam: “não, é muito rápido, não sabemos se podemos confiar.
“O acesso de toda a população a vacina é de fundamental importância para o controle da pandemia que se abateu sobre a nossa população. Durante toda a história mundial diversos tipos de doenças foram controlados com medidas sanitárias e de controle vacinal. A vacinação contra o coronavírus deve começar pelos grupos mais expostos e de maior risco, para diminuir o número de doentes graves, reduzindo internações e mortes. No entanto, nesta situação de pandemia, o ide al é que ocorra a vacinação em massa da população, gradativamente, de acordo com a ordem de prioridade, mas o mais rápido possível. As vacinas também criam a chamada “imunização de rebanho”, processo que acontece quando toda a população é vacinada, reduzindo os riscos de disseminação da doença. Ou seja, o vírus se depara com mais pessoas imunes e ele não consegue contaminar as pessoas, cessando a disseminação da doença. Assim, mesmo as pessoas que têm algum tipo de alergia ou restrição e não podem ser vacinadas ficam protegidas. Enquanto isso não acontece, como é o caso do novo coronavírus, há um risco de contaminação da população como um todo, ou seja, ninguém está imune ou isento de pegar a doença. “A vacina é uma esperança de controle e de prevenção para a nossa população. Todos devem ter acesso” comenta Dra. Andréia Siqueira Campos Monti, neuropediatra.
“Quem não quiser se vacinar, não se vacine, mas também não aproveite os demais benefícios de viver em sociedade… São direitos, deveres e respeito ao próximo, se você não for um grupo de risco, seu vizinho é e você entra no elevador com ele”. comenta a Ana Fernández-Sesma, virologista.
Ela explica que todas as vacinas podem causar alguns efeitos colaterais a algumas pessoas, “o que significa que funcionam” e é “muito melhor ter uma reação a uma vacina do que uma infecção”.
Segundo o ortopedista Dr. Kandir Innocenti Dinhane a vacina do Coronavírus é vital, todos tem que tomar. “Eu, como ortopedista, atendo pacientes com 60, 55 anos que tiveram paralisia, devido não ter tomado a vacina contra a Poliomelite. Não sei se por desinformação, medo, descuido, mas o resultado foi irreparável. É muito importante estar sempre com a caderneta de vacinação em ordem, uma prioridade para a saúde. E tomar a vacina do Coronavírus é de extrema importância para acabar com esse vírus que está assolando o mundo”.
Em qualquer caso, especialistas avaliam que o vírus não deve trazer surpresas muito grandes agora, especialmente porque cada vez mais pessoas já foram infectadas ou estão sendo vacinadas.
Se todos os grupos de risco forem vacinados daqui a quatro meses, “é claro que a gravidade e o número de pessoas internadas pela doença diminuirão significativamente”, afirma.
“É a única esperança!” Essas são as primeiras palavras que o pediatra Dr. Omar Mattielli de Carvalho responde, quando perguntado sobre a importância da Vacina contra o novo coronavírus. “ É um privilégio a vacina contra Coronavírus. No século passado, com a gripe espanhola não havia, não existia nada a ser feito pela cura, a não ser lavar as mãos e usar máscaras, e com isso 50 milhões de pessoas morreram. A vacina contra Coronavírus foi o maior avanço que a medicina pode proporcionar ao ser humano”, diz Dr. Omar, e para finalizar comenta: “Besta é aquele que confia na internet”.
Para o pediatra Dr. Eduardo Bicas Franco, vacinas são importantes instrumentos de prevenção à inúmeras doenças. Desde que sejam validadas pelos órgãos oficiais de controle, tem seus benefícios e possíveis riscos estabelecidos. Especificamente no caso da COVID 19, vem somar às demais medidas protetivas individuais e coletivas no controle da propagação da doença.